Mês da Consciência Negra: como trabalhar o tema em sala de aula

6 livros da Colli Books para apoiar educadores

O Mês da Consciência Negra, celebrado ao longo de novembro, é uma oportunidade para que escolas reforcem discussões sobre identidade, ancestralidade, respeito, diversidade e combate ao racismo. Não se trata apenas de uma data no calendário: é um período de reflexão, construção coletiva e, sobretudo, transformação educativa.

Mais do que lembrar Zumbi dos Palmares e revisitar a história da população negra no Brasil, novembro convida educadores a promover vivências, debates e atividades que valorizem trajetórias, culturas negras, fundamentais para uma educação antirracista.

Para apoiar esse trabalho, a Colli Books reúne obras que dialogam diretamente com temas como valorização da identidade, enfrentamento do preconceito, autoestima, escrevivência, ancestralidade e pertencimento. A seguir, educadores encontram dicas de abordagem para sala de aula e sugestões de atividades pedagógicas, com base no catálogo da editora.

Como abordar o Mês da Consciência Negra com sua turma

  1. Comece pelo acolhimento e pela escuta

O tema pode despertar diferentes sentimentos e memórias. Abrir espaço para que os estudantes expressem percepções sobre diversidade e preconceito ajuda a construir confiança e respeito.

  1. Trabalhe a representatividade

Imagens, histórias, personagens e autores negros ampliam referências positivas e ajudam a combater estereótipos desde a infância.

  1. Conecte história, literatura e vida cotidiana

O Mês da Consciência Negra não precisa ser isolado em uma atividade de história. Ele atravessa artes, língua portuguesa, geografia, ética e convivência escolar.

  1. Valorize manifestações culturais afro-brasileiras

Música, culinária, dança, oralidade, religiosidade e expressões artísticas podem enriquecer o processo de aprendizagem e aproximar as crianças de suas próprias raízes.

  1. Estimule o protagonismo

A ideia é que os estudantes não apenas recebam conteúdo, mas também produzam: cartazes, relatos, desenhos, murais, entrevistas, rodas de conversa e pequenas pesquisas.

Sugestões de livros da Colli Books e atividades pedagógicas

Berta e Nina — Isa Colli

A história da amizade entre Berta e sua boneca Nina celebra o respeito às diferenças e o poder do afeto na construção de vínculos.

Atividades sugeridas:
• Roda de conversa: “O que nos torna únicos?”
• Criação de bonecas e bonecos representativos usando materiais recicláveis.
• Mural da diversidade, com fotos, desenhos e adjetivos positivos.

Alice: amor, perda e renascimento — Isa Colli

O romance aborda abandono, violência, discriminação, exclusão social e a busca por dignidade em meio à adversidade.

Atividades sugeridas:
• Debate guiado: desigualdade e oportunidades.
• Produção de cartas escritas como se fossem de Alice para seus irmãos.
• Mapa social da comunidade, identificando espaços de apoio e vulnerabilidade.

As Aventuras de Aduke – Origens — Eliane Benício

Aduke embarca em uma jornada de reconhecimento de sua ancestralidade e cultura.

Atividades sugeridas:
• Linha do tempo da ancestralidade (real ou imaginada).
• Mapeamento das culturas africanas presentes no Brasil.
• Criação de um diário de viagem, narrando descobertas como Aduke.

E se Fosse Você? — Anete Lacerda

A obra aborda racismo e gordofobia por meio da história de Lili, uma menina que enfrenta preconceitos na escola.

Atividades sugeridas:
• Dinâmica da empatia: situações hipotéticas para reflexão.
• Criação de cartazes de combate ao bullying feitos pela turma.
• Leitura dramatizada, com cada aluno representando um personagem.

Voa, Menina! — Ingrid Macieira

Um livro que estimula a autoestima, o reconhecimento do próprio valor e o protagonismo das meninas.

Atividades sugeridas:
• Painel do “Eu posso!”, com metas e sonhos das estudantes.
• Entrevistas com mulheres inspiradoras da escola ou comunidade.
• Atividade artística: desenho de asas com palavras de força.

Ayana, uma linda flor radiante — Isa Colli

Trata de discriminação, amor-próprio, bullying e união comunitária diante de uma situação de vulnerabilidade.

Atividades sugeridas:
• Debate sobre apoio mútuo e solidariedade.
• Criação de um “caderno de coragem”, com frases encorajadoras para Ayana.
• Simulação de assembleia da comunidade, discutindo soluções conjuntas.

Combate ao racismo e à discriminação não se faz em um único dia — exige continuidade, intencionalidade e compromisso. Projetos de novembro costumam inspirar escolas a manterem iniciativas ao longo do ano inteiro, fortalecendo uma educação que acolhe, inclui e transforma.

A Colli Books acredita que a literatura tem papel fundamental nesse processo ao oferecer narrativas plurais, sensíveis e potentes, capazes de abrir caminhos para o diálogo e o respeito.

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