Dia Internacional da não-violência: uma data inspiradora para a sala de aula

Em 2 de outubro comemora-se o Dia Internacional da Não Violência, criado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em homenagem a Mahatma Gandhi, que nasceu nesta data, em 1869. O ativista virou referência mundial na luta pela paz, pelo respeito aos direitos humanos e pela justiça.

O objetivo é conscientizar a população sobre a importância de praticarmos a Não Violência. Um dos intuitos também é que possamos buscar sempre o caminho do respeito e da paz.

Gandhi foi assassinado em 30 de janeiro de 1948, por consequência da sua tentativa de unificar pacificamente os povos hindus com os muçulmanos.

As reivindicações propostas pelo movimento de pacificação tinham como filosofia o combate da violência com amor, seja por meio de diálogo, petições, manifestações públicas, marchas etc.

Atividades para trabalhar a data em sala de aula:

1.
Estudo sobre Mahatma Gandhi

Divida os alunos em grupos e peça que pesquisem sobre a vida de Gandhi. Depois, cada grupo prepara um trabalho para ser apresentado em sala de aula.

O dia da apresentação pode incluir um momento de bate-papo para que os alunos troquem experiências sobre suas pesquisas e descobertas.

2.
Ainda sobre o pacifista, organize uma sessão de cinema para exibir o filme ‘Gandhi’. Lançado em 1982, recebeu 11 indicações ao Oscar, saindo vitorioso em 8 em categorias, incluindo a de Melhor Filme. O longa-metragem conta a vida do de Mahatma Gandhi a partir de 1893, quando policiais o jogam para fora de um trem por ele estar ocupando um compartimento exclusivo para brancos, e termina com seu assassinato, em 1948.
O filme mostra o lado político de Gandhi, que enfrentou – sem armas – o domínio britânico na Índia, tornando-se um símbolo internacional do pacifismo e da compreensão.

3.
Roda de conversa sobre Bullying

O tema da não-violência também é uma boa oportunidade para falar de bullying. Brincadeirinhas de gosto duvidoso, apelidos indesejados e comentários sobre a aparência física do indivíduo podem ser caracterizados como bullying, já que, por definição, o termo significa atos de violência física ou psicológica intencionais e repetitivos, praticados por uma pessoa ou por um grupo de indivíduos contra alguém, o que causa dores e angústias.

O professor pode propor uma roda de conversa para que os alunos falem se já vivenciaram o problema, como agir diante de uma situação de bullying, etc
É importante mostrar o que os alunos podem fazer e a quem recorrer caso sejam vítimas de ataques de colegas.

4.
E por que não falar do bullying por meio da literatura?

Livro de Isa Colli sobre a cultura indígena também aborda o bullying

Descobertas de Inaiá, da autora Isa Colli, publicado pela editora Colli Books, é indicado para o ensino fundamental (I e II)

O título conta a história da indígena Inaiá. A menina descobre um mundo repleto de desafios e novidades quando começa a estudar em uma escola fora da aldeia. A chegada da jovenzinha no colégio novo muda a sua vida e a dos colegas de classe. Juntos, eles aprendem as tradições indígenas, as heranças culturais de diferentes nações e a importância de se respeitar as diferenças.

O livro aborda, ainda, questões delicadas como o bullying, já que Inaiá é rejeitada por um dos colegas de turma. “Falar para adolescentes é para mim um grande desafio. E abordar o bullying é uma oportunidade para promover o diálogo e a reflexão sobre esse tema tão atual e presente na vida das nossas crianças e jovens”, afirma Isa Colli.

Livro da escritora Anete Lacerda também trata do tema, que deixa tantas marcas nas vítimas

Já a obra E se fosse você?, da escritora Anete Lacerda, também publicada pela Colli Books, fala de Lili, uma menina que sofria bullying na escola.

O livro pode ser mais um grande aliado na abordagem deste tema tão delicado. A autora diz que o assunto deve ser tratado na família e na escola. “Muitas vezes as crianças só reproduzem discursos, posturas e atitudes que veem dentro de casa. Elas geralmente não têm preconceito. Aprendem isso com os adultos. Quem sabe elas ensinem a empatia aos pais e familiares?”, comenta Anete.

‘E Se Fosse Você?’ faz uma abordagem leve sobre um problema grave. “Tem muito de minha experiência pessoal, já que nunca fui considerada uma pessoa-padrão. A minha intenção é que o livro possa ajudar as crianças a buscar a cultura da paz e do respeito”, acrescenta.

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