Dia da Árvore: dicas de atividades e livros para trabalhar o tema em sala de aula

Veja como fazer compostagem com seus alunos, com técnica de pesquisadores da UFPA

Setembro é um mês interessante para trabalhar o meio ambiente em sala de aula. Além da chegada da primavera, neste período também se celebra, em 21 de setembro, o Dia da Árvore, data que tem por objetivo conscientizar as pessoas a respeito da importância dos cuidados com a natureza e com o nosso Planeta.

Preparamos algumas sugestões de atividades para ajudar os professores e professoras a abordar o tema com a garotada na escola. Veja a seguir:

Identificar as árvores

O Brasil é rico em diversidade natural e cada região possui uma árvore típica como símbolo: a região norte, a castanheira; a região nordeste, a carnaúba; a centro-oeste, o ipê-amarelo; a sudeste, o pau-brasil; e a sul, a araucária.

O professor pode dividir a turma em cinco grupos. Cada um vai pesquisar uma região e levar imagens das árvores. Quem não encontrar imagens pode desenhar. O importante é que todos participem.

Outra possibilidade é o professor imprimir imagens em preto e branco de cada árvore típica para as crianças colorirem em sala de aula. Depois, cada grupo conta para a turma as características e curiosidades que descobriu na pesquisa.

Plantar uma muda

Outra atividade que a criançada vai amar é combinar uma aula ao ar livre em uma área verde próxima à escola, que pode ser um parque natural ou jardim botânico.

Alguns desses locais permitem que os visitantes plantem mudas em dias específicos de mutirões. Consulte a administração na hora de agendar a visita. Os alunos vão se divertir com a atividade de plantar mudas.

Caso não seja possível fazer o plantio no local da visita, o professor pode distribuir sementes aos alunos para plantarem com seus familiares.

Fazer compostagem

O professor pode construir uma minicomposteira em sala de aula, e a partir dela trabalhar temas como a decomposição dos materiais orgânicos e inorgânicos, transformação de matéria orgânica, ciclos da natureza (ciclo do nitrogênio, do carbono, do fósforo etc.), quais microorganismos são responsáveis pela decomposição, etc.

O professor pode pedir que as merendeiras separem, junto com as crianças, os restos de cascas de frutas, verduras e legumes, que serão decompostos pela ação de micro-organismos. Conte aos alunos que a técnica de compostagem, além de econômica por substituir a compra de adubos, é sustentável, pois elementos que seriam jogados no lixo passam a ter uma destinação ambientalmente adequada.

Acompanhe o passo a passo já testado por pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA)

Nitrogênio e Carbono: Na compostagem, são necessários elementos secos e úmidos. O Carbono, que é a parte seca do processo, é representado por folhas secas, caroços de açaí e serragem. Já o Nitrogênio, representado por frutas, verduras e legumes, faz o papel da parte úmida. Na compostagem caseira, feita em garrafas PET, a medida é de 2/3 de Carbono e 1/3 de Nitrogênio.

A compostagem, além de ser mais rica em nutrientes que adubos industriais, é mais sustentável que as outras técnicas, pois é a reciclagem de resíduos orgânicos.

Como fazer:

Você vai precisar de uma garrafa PET, tesoura, meia calça, terra e elementos secos e úmidos, como frutas, verduras e folhas secas. Comece cortando o fundo da garrafa, meça com uma régua o diâmetro, o volume e a altura dela. Faça um pequeno furo na tampa da garrafa para que o líquido proveniente do composto escorra para o fundo.

Coloque uma camada inicial com terra (um punhado), levando em consideração as medidas da garrafa em centímetros, acrescente 1/3 dos elementos úmidos (Nitrogênio), como restos de fruta, legumes e cascas, e 2/3 de elementos secos, como folhas secas e serragem. Feche com mais um punhado de terra e “tampe” com a meia-calça.

Por possuir um tecido mais fino, a meia-calça permite a circulação de ar no composto e impede que insetos entrem e depositem larvas. Após ficar pronto, o composto deve ser revolvido a cada sete dias e apresentar uma textura úmida, porém sem líquidos e odores. O tempo ideal para o uso do composto varia entre 90 a 120 dias, dependendo do volume.

É importante que o composto seja bem cuidado e revolvido, pois é nesse momento que a temperatura, a textura e o cheiro indicarão se a compostagem está bem feita ou não. Uma boa dica é usar o líquido que escorre do composto como um biofertilizante, diluído em água numa proporção de 1/10. Fotos de compostagem: Nayana Batista (UFPA)

Literatura

A editora Colli Books tem vários livros com temáticas voltadas ao meio ambiente. Os títulos “Vivene e Florine e suas descobertas na Amazônia” e “A fada Verduxa”, ambos da escritora Isa Colli, falam especificamente da importância das árvores. Uma sugestão é fazer a contação da história, seguida de uma roda de conversa sobre preservação das florestas, combate ao desmatamento e o que cada um pode fazer para cuidar do meio ambiente.

Conheça as histórias:

Vivene e Florine e suas descobertas na Amazônia – o título fala sobre os riscos das queimadas. A obra conta a luta de duas abelhas contra a devastação, pelos humanos, da floresta onde vivem. Isa Colli mostra todos os danos que o fogo descontrolado pode provocar, alterando o ecossistema e colocando em risco a sobrevivência de várias espécies.

A Fada Verduxa – metade fada, metade curupira, Verduxa é a protetora das matas de uma belíssima região chamada Montes Belos. Atraído pelas exuberantes árvores do lugar, um ganancioso negociante de madeiras da vizinhança resolve explorar a área . Mas Verduxa não vai deixar barato, ela já tem um plano em mente para defender sua floresta e ainda ensinar uma ótima lição ao madeireiro!

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